Freqüentemente
citada como "cidade maravilhosa", o Rio de Janeiro, capital do estado
de mesmo nome, é um dos dois centros economicamente mais importantes do Brasil.
A atividade econômica e política da metrópole, porém, convive com sua intensa
atração turística, propiciada pelo incomparável cenário de belezas naturais,
assim como por edifícios e monumentos históricos que relembram os quase dois
séculos em que a cidade foi capital federal.
O Rio de
Janeiro, capital do estado do Rio de Janeiro, e do Brasil até 1960, situa-se na
margem ocidental da baía de Guanabara, entre o oceano Atlântico, ao sul, os
municípios de Itaguaí, Nova Iguaçu, Nilópolis, São João de Meriti e Duque de
Caxias ao norte, e a baía de Sepetiba a oeste. A superfície do município, de
1.171km2, inclui mais de cem ilhas, das quais a maior é a do Governador, com
29km2.
A cidade
apresenta-se quase ao nível do mar: apenas 22% da superfície tem mais de cem
metros de altitude e somente dez por cento mais de 300. Três grandes maciços
erguem-se abruptamente nesse panorama. No maciço de Jericinó, o ponto mais alto
é o pico do Guandu, com 900m de altitude. No maciço da Pedra Branca, encontra-se
o pico da Pedra Branca, com 1.024m, ponto culminante do município. O pico da
Tijuca (1.021m), o Bico do Papagaio (975m), Andaraí (900m), Corcovado (704m),
Dois Irmãos (533m) e Pão de Açúcar (395m) são os pontos mais altos do maciço da
Tijuca. As baixadas de Sepetiba e da Guanabara são segmentos de uma unidade
maior, a baixada fluminense. O município constitui a microrregião do Rio de
Janeiro, ou Grande Rio, um dos dez aglomerados urbanos mais populosos do
planeta.
Desenvolvimento
urbano. O núcleo da cidade desenvolve-se como um grande arco ao pé do maciço da
Tijuca, cujos esporões rochosos impõem, em diversos pontos, um estrangulamento
no espaço urbano. Com o nome local de serra da Carioca, esse maciço prolonga-se
na direção leste até quase as margens da baía e delineia uma divisão da cidade
em dois setores praticamente isolados -- a zona norte e a zona sul, embora
também se estendam subúrbios por uma zona oeste.
O centro
situa-se entre a extremidade do esporão montanhoso e o mar, em posição
excêntrica (na verdade, de zona leste da metrópole) e de travessia obrigatória
nas ligações entre as zonas norte e sul, a não ser que se transponha a
montanha. Por isso mesmo, o Rio é uma cidade de muitos túneis (mais de
sessenta), dos quais os maiores são o Dois Irmãos (Gávea-São Conrado), Rebouças
(Rio Comprido-Lagoa) e Santa Bárbara (Catumbi-Laranjeiras).
A implantação
da cidade teve início no centro. Ocupou, inicialmente, as pequenas planícies de
brejo e uns poucos morros da estreita faixa situada entre as encostas e o mar.
A expansão urbana processou-se ao longo do sopé do maciço montanhoso e pelos
vales, como nas Laranjeiras, no Rio Comprido e na Tijuca. As pequenas baixadas,
quase sempre pantanosas, foram depois sucessivamente ocupadas.
Na região
suburbana, que surgiu depois e continua em expansão, a ocupação iniciou-se ao
longo das vias férreas. As planícies mais baixas, bem como os manguezais que
margeiam a baía, foram mais tarde anexados à área urbanizada. As montanhas e o
mar sempre dificultaram o crescimento do Rio de Janeiro e deram-lhe uma forma
longitudinal.
Na conquista
do espaço urbano, os graves problemas do crescimento transparecem nos desmontes
e aterros. Ainda no período colonial, o morro das Mangueiras foi arrasado para
aterrar a lagoa do Boqueirão, onde hoje se localiza o Passeio Público. No
século XX, outros morros tiveram o mesmo destino. O morro do Senado contribuiu
para aterrar a zona portuária. As terras do morro do Castelo, berço da cidade,
serviram para formar a praça Paris e adjacências. O de Santo Antônio, por sua
vez, foi abaixo para facilitar a construção de vias de acesso direto à zona
sul, que se expandiu ao longo da orla oceânica.
Apesar dos
desmatamentos que o município já sofreu, é dos poucos que podem gabar-se de ter
reconstituído uma floresta inteira, com espécies da própria mata Atlântica
original. O espaço, hoje, é tombado como patrimônio público e denomina-se
Parque Nacional da Tijuca. Contribui para amenizar, nos meses mais quentes, o
clima tropical da cidade que, de novembro a abril, apresenta médias de
temperatura bastante altas e também elevada umidade relativa.
História. A
região onde se situa a cidade foi descoberta em 1º de janeiro de 1502, por uma
expedição exploradora portuguesa. Julgando tratar-se da embocadura de um rio, os
navegadores deram-lhe o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro. A baía era
chamada pelos tamoios de Iguaá-mbará (enseada do rio-mar) ou Niterói (água que
se esconde). Em 1503, uma nova expedição, chefiada por Gonçalo Coelho, fundou a
primeira feitoria na região.
A casa de
pedra edificada na atual praia do Flamengo era chamada pelos indígenas de
carioca (casa de branco), atual gentílico dos habitantes da cidade. Durante várias décadas, foram freqüentes as
incursões dos corsários franceses, que trocavam produtos com os índios tamoios.
Em 1555, Nicolas Durand de Villegaignon chegou ao Rio de Janeiro decidido a
fundar uma colônia, a França Antártica. Concentrados principalmente na ilha de
Serigipe, os franceses dominaram o Rio de Janeiro por mais de quatro anos. Para
combatê-los, Portugal armou várias expedições, entre elas a de Mem de Sá,
governador-geral da capitania que, por acreditar ter vencido o inimigo
definitivamente, seguiu para a Bahia. Com o apoio dos tamoios, os franceses
retomaram a região.
No dia 1º de
março de 1565, a armada de Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, desembarcou na
península (depois denominada de São João) -- entre o morro Cara de Cão e os
penedos do Pão de Açúcar e da Urca -- disposta a consolidar o domínio português
sobre as terras. A data marca simbolicamente a fundação da cidade pois, nesse
mesmo dia, foi iniciada a construção de um arraial fortificado, núcleo da
cidade. Entre 1565 e 1567, Estácio de Sá não só se dedicou à guerra, como
tratou de organizar administrativamente a nova cidade, doando sesmarias à
Companhia de Jesus e aos moradores.
As armas
portuguesas finalmente venceram os franceses, em janeiro de 1567. Ferido por
uma flechada, Estácio de Sá morreu no mês seguinte. Para assegurar melhor ocupação da região,
Mem de Sá transferiu a sede da cidade para o morro do Descanso, mais tarde
chamado morro do Castelo. Em 1568, confiou a povoação a outro sobrinho,
Salvador Correia de Sá, o Velho que, em 1602, passou o poder a seu filho,
Martim Correia de Sá. O domínio da família Sá perdurou nos primeiros sessenta
anos do século XVII.
O Rio de
Janeiro já havia, então, consolidado a função de importante porto para
abastecimento dos navios que faziam a defesa do litoral sul da colônia. Com o
desenvolvimento da lavoura de cana-de-açúcar nas terras vizinhas à baía de
Guanabara, passaram a ser exportados açúcar e aguardente. Em agosto de 1710, os
franceses novamente tentaram ocupar a cidade, o que conseguiram num novo
ataque, em setembro de 1711. Só se retiraram em novembro, após o pagamento de
pesado resgate.
Ao longo do
século XVIII, a cidade passou por diversas transformações, como o aterro da
lagoa que deu lugar ao largo da Carioca. As mudanças se acentuaram a partir de
1763, quando a sede do governo central passou de Salvador para o Rio de
Janeiro, o que transformou a cidade no centro político-administrativo da nova
colônia. Instalou-se o cais da atual praça Quinze de Novembro, aterrou-se a
lagoa do Boqueirão, onde foi construído o Passeio Público, e ergueram-se os
fortes de Conceição e de ilha das Cobras.
Com a chegada
da família real portuguesa, em 1808, o Rio tornou-se sede da monarquia
lusitana. Nesse período, a área urbana foi remodelada, e a cidade começou a
tornar-se centro cultural. Fundaram-se museus, teatros, escolas, hospitais, e
lançou-se, ainda em 1808, o primeiro jornal impresso no Brasil, a Gazeta do Rio
de Janeiro.
A partir de
então, a história do Rio de Janeiro confunde-se com a do Brasil, uma vez que
sua população passou a influir nos acontecimentos nacionais, como o processo da
independência. Em 1822, a população chegava a cem mil habitantes, espalhados
para além do então campo de Santana (depois praça da República), pelo lado
norte da serra da Carioca, e até o Catete, pelo lado sul. A agitação política
levou o governo a fazer da cidade um município da corte, ou neutro, separado da
província do Rio de Janeiro, mais tarde estado do Rio de Janeiro.
Durante a era
do café, a produção de quatro províncias era escoada através do porto do Rio de
Janeiro e a implantação de estradas de ferro fortaleceu ainda mais a posição de
centro econômico da cidade. Durante os governos que se seguiram, a cidade
continuou a ser remodelada e ganhou muitos serviços, como o bonde a tração
animal em 1868, telégrafo (1874) e linhas telefônicas (1881). Em 1900,
fundou-se o Instituto Soroterápico, atual Fundação Osvaldo Cruz, e
construíram-se novas estradas de ferro. Foram canalizados rios e abertas novas
avenidas, como a Beira-Mar, Atlântica, Mem de Sá e Passos.
Em 1902, na
gestão do prefeito Francisco Pereira Passos, um novo surto de grandes
melhoramentos mudou a fisionomia da cidade. Mais um pouco e construía-se o
Teatro Municipal, remodelavam-se jardins e praças públicas, implantavam-se os
bondes elétricos. O sanitarista Osvaldo Cruz foi encarregado de sanear o centro
da cidade, que ganhou, em 1905, a grande avenida Central, atual Rio Branco,
primeiro logradouro da cidade a receber iluminação elétrica.
Nas décadas
seguintes, a cidade prosseguiu em crescimento vertiginoso, com diversas melhorias
na vida urbana, mas sem um plano diretor de longo alcance. Surgiram favelas em
vários pontos e alguns bairros assumiram feições de verdadeiras cidades, como é
o caso de Copacabana, que possui uma das mais densas concentrações humanas do
mundo.
A inauguração
de Brasília, em 1960, encerrou uma longa fase do Rio de Janeiro, transformado
em estado (ou cidade-estado) da Guanabara, até 1975, quando seu território foi
integrado ao estado do Rio de Janeiro. As obras realizadas desde então incluem
os túneis Dois Irmãos, Pepino e Joá, o alargamento da praia de Copacabana e a
remodelação da avenida Atlântica, o metrô, cuja primeira linha foi aberta em
1979, a estrada Lagoa-Barra, de 1982, dezenas de viadutos, a ponte Rio-Niterói
(oficialmente, Presidente Costa e Silva) e a Linha Vermelha, que em 1994 ligou
São Cristóvão à rodovia Presidente Dutra, em São João do Meriti, num percurso
de mais de 21km.
Com o
agigantamento, agravaram-se os problemas sociais, multiplicaram-se as favelas e
a criminalidade atingiu cifras assustadoras. Na década de 1980, o Rio de
Janeiro viveu uma grave crise econômica, que culminou com a admissão da
falência da prefeitura em 1988. No mesmo ano, decretou-se calamidade pública na
cidade em decorrência das fortes chuvas que deixaram dezenas de mortos e
milhares de desabrigados. Na passagem do ano, um acidente de repercussão
internacional contribuiu para desgastar ainda mais a imagem da cidade: o
naufrágio do Bateau Mouche IV, que matou 55 pessoas na baía de Guanabara, em
virtude de uma série de irregularidades no barco, que foram mais tarde
reveladas pelas investigações.
No início da
década de 1990 a população assistiu à gradual recuperação econômica e
urbanística da cidade. Realizaram-se obras de pavimentação, drenagem e de
tratamento paisagístico da orla carioca, do Leme ao Recreiro dos Bandeirantes.
A maioria desses empreendimentos coincidiu com a fase de preparação da cidade
para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio
92), em que foram assinadas importantes convenções internacionais sobre os
problemas ecológicos do planeta. Como parte do projeto de conservação do
patrimônio histórico da cidade, tombou-se em 1993 o largo do Boticário, o forte
de Copacabana, os jardins de Burle Marx e o conjunto arquitetônico da ilha
Fiscal, na baía de Guanabara, entre outros monumentos.
A cidade
começou então a crescer em direção à Barra da Tijuca e ao Recreio dos
Bandeirantes. Houve um acelerada expansão imobiliária nesses bairros, e a Barra
se tornou importante pólo de lazer e comércio carioca, com shoppings,
hipermercados, inúmeros teatros e cinemas, além de restaurantes e casas de
espetáculos. Esse cenário de desenvolvimento econômico rivalizou, porém, com a
violência crescente do tráfico internacional de drogas, que aumentou seu
domínio sobre as favelas cariocas face à desorganização do aparelho policial.
Ondas de seqüestros, assaltos e assassinatos afugentaram uma das principais
fontes de renda da cidade, o turista, amedrontado pelas denúncias de crimes
violentos, como o massacre de sete crianças na Candelária e de 21 pessoas na
favela de Vigário Geral em 1993. Para conter essa onda de violência, o Exército
foi convocado para colaborar no combate ao narcotráfico.
Atividades
econômicas. O fato de ter sido durante muitos anos a capital do país explica o
grande desenvolvimento da indústria no Rio de Janeiro. A cidade também foi por
muito tempo a maior do Brasil, além de ser o maior centro consumidor e maior
porto. A proximidade da serra do Mar, com grande potencial hidrelétrico, também
favoreceu o crescimento industrial. No Brasil, apenas o complexo industrial
formado em torno da capital paulista supera em importância o do Grande Rio.
A função
comercial colocou sob o comando do Rio de Janeiro uma ampla área econômica
integrada pela zona canavieira do estado do Rio, a antiga região cafeeira do
vale do Paraíba do Sul e, em Minas Gerais, a região agrícola da zona da mata e
a região pecuária do sul do estado. O desenvolvimento industrial,
principalmente a partir da abertura da avenida Presidente Vargas, e a expansão
do centro da cidade, provocou o deslocamento das indústrias para a periferia da
cidade. Em conseqüência desse processo, muitas localidades do estado do Rio de
Janeiro se transformaram em apêndices da metrópole carioca. Entre as fábricas
instaladas na periferia, aponta-se a refinaria Duque de Caxias, no município de
Duque de Caxias, como uma das principais.
A tendência de
espalhar-se o parque industrial na periferia contribuiu para o esvaziamento
econômico do antigo estado da Guanabara, que nada mais era senão o município do Rio de Janeiro. Para criar
condições favoráveis à implantação de novas indústrias, foram planejados os
distritos industriais da Fazenda Botafogo e dos bairros de Costa Barros e Santa
Cruz. A usina da Companhia Siderúrgica da Guanabara (Cosigua) foi privatizada.
As atividades
agropecuárias têm pouca expressão no município, por sua pequena área e pelo
caráter urbano da ocupação humana. A zona rural situa-se na porção ocidental,
de Santa Cruz, Campo Grande e Sepetiba. A cultura da laranja e de outras
frutas, legumes e hortaliças, decaiu em virtude do empobrecimento dos solos e
da vertiginosa valorização das terras, como resultado da industrialização. A
metrópole carioca recebe produtos hortigranjeiros de outros municípios
fluminenses, Minas Gerais e áreas mais afastadas, sobretudo de São Paulo. Parte
do desenvolvimento do Rio de Janeiro deve-se também a seu porto, um dos maiores
e mais mais bem aparelhados do país.
O principal
eixo rodoviário é a avenida Brasil, que parte da área portuária e segue o
contorno da baía de Guanabara até as proximidades da antiga divisa com o estado
do Rio de Janeiro. Por meio dessa avenida se faz a ligação com o sistema
rodoviário que une o Rio de Janeiro a São Paulo e ao sul do país, a Minas
Gerais, Brasília, Goiás, Espírito Santo, Bahia e Nordeste. Por ser praticamente
a única saída rodoviária da cidade (afora a rodovia Rio-Santos, trecho da
BR-101, de muito menor movimento), a avenida Brasil tem graves problemas de
congestionamento. Parte desse movimento foi absorvido pela Linha Vermelha.
Na década de
1980, o metrô, construído a elevadíssimo custo em função da topografia da
cidade, começou a contribuir para atenuar o problema do transporte no Rio de
Janeiro. Por falta de verbas, as obras de expansão do metrô foram paralisadas
em 1989 pelo governo do estado e reiniciadas em 1995.
Além do
aeroporto internacional, a cidade conta com o aeroporto Santos Dumont, em pleno
centro da cidade, que atende a aeronaves de pequeno porte e à ponte aérea Rio
-- São Paulo. Integra ainda o sistema de transporte o serviço de barcas de
passageiros que liga o Rio de Janeiro a Niterói e à ilha de Paquetá.
No longo
período em que foi a capital do país, o Rio de Janeiro alcançou um nível de
especialização e diversificação comercial sem paralelo, que só mais tarde foi
igualado, e a seguir superado, por São Paulo. O comércio carioca serve não
somente à população do Grande Rio, como também a uma vasta clientela nos
estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Nos últimos anos, surgiram e se
desenvolveram em toda a cidade, mesmo em bairros distantes ou de criação mais
recente, como São Conrado e a baixada de Jacarepaguá, subcentros de intensa
movimentação. Em função de um período de estagnação e da crise econômica que
atingiu todo o país na década de 1980, cresceu também a taxa de emprego de
mão-de-obra no denominado setor informal da economia.
Os serviços
administrativos que o Rio prestava ao resto do país como sede do governo
federal progressivamente se vão restringindo. Ainda assim, o equipamento
disponível para prestação de serviços é um dos mais ricos do país. É muito
numerosa a rede de agências bancárias e de hotéis.
Atividades
socioculturais. Têm sede no Rio de Janeiro numerosas instituições culturais,
entre as quais a Academia Brasileira de Letras, o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, a Fundação Getúlio Vargas e a Fundação Casa de Rui
Barbosa. Há centenas de bibliotecas, entre as quais a Biblioteca Nacional, a
mais importante do país, e dezenas de museus, como o Museu Nacional, na Quinta
da Boa Vista, o Nacional de Belas-Artes, o de Arte Moderna, o Histórico
Nacional e o da República, no Catete. O Observatório Nacional está instalado em
São Cristóvão, e o Planetário situa-se no bairro da Gávea.
Embora tenha
perdido sua condição de capital do país, o Rio de Janeiro continua a exercer
influência nacional no setor de comunicações, por meio de sua imprensa,
estações de rádio e televisão de alto nível técnico. A cidade também possui
várias importantes universidades e centros de pesquisa, como a Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Pontífice Universidade Católica do Rio de
Janeiro (PUC-RJ), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Fundação
Osvaldo Cruz.
Turismo. O Rio
de Janeiro constitui o principal centro de atração turística do país. Os pontos
mais importantes são: os morros do Pão de Açúcar e Urca, ligados entre si e à
praia Vermelha por um teleférico; o morro do Corcovado, com a estátua do Cristo
Redentor, ligado à cidade por estrada de rodagem e pequena estrada de ferro de
cremalheira; as praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado e Barra da
Tijuca; o parque da floresta da Tijuca; a Quinta da Boa Vista e o Jardim
Zoológico; a lagoa Rodrigo de Freitas; a ilha de Paquetá; o Jardim Botânico e
os parques Laje, da Cidade e do Flamengo -- com jardins projetados pelo
paisagista Burle Marx e onde se encontra o monumento aos mortos na segunda
guerra mundial (1957), projeto de Marcos Konder Neto e Hélio Ribas Marinho.
O Rio de
Janeiro oferece a seus visitantes valioso acervo arquitetônico. Nos estilos
tradicionais (barroco, império, neoclássico etc.), sobressaem as igrejas de
Nossa Senhora da Candelária, de São Francisco da Penitência, do Mosteiro de São
Bento (séculos XVI e XVII), do Convento de Santo Antônio (séculos XVII e
XVIII), de Nossa Senhora do Carmo, de Nossa Senhora da Glória e de Nossa
Senhora da Penha, o pavilhão da Ilha Fiscal, construído em estilo gótico no
século XVIII, o aqueduto da Carioca (Arcos da Lapa), o Paço Imperial, o paço de
São Cristóvão, os palácios do Catete e de Laranjeiras e a fortaleza da
Conceição.
Na arquitetura
moderna, são célebres, entre muitos outros, o edifício do palácio Gustavo
Capanema (projetado por equipe brasileira orientada por Le Corbusier), os
edifícios da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), e do Instituto de
Resseguros do Brasil, dos irmãos M. M. M. Roberto, o conjunto do Museu de Arte
Moderna (de Afonso Eduardo Reidy), o edifício-sede da Petrobrás, o
edifício-sede do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj) e a Passarela do
Samba (de Oscar Niemeyer), na avenida Marquês de Sapucaí.
No setor dos
desportos, de grande significado na história da cidade, acha-se no Rio um dos
maiores estádios do mundo, o Mário Filho (Maracanã), com capacidade para
150.000 pessoas, o ginásio Gilberto Cardoso (Maracanãzinho), com capacidade
para cinqüenta mil espectadores, o parque aquático Júlio De Lamare, o hipódromo
da Gávea e o autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, afora numerosos outros
estádios e parques esportivos.
O grande
evento popular do Rio é o carnaval, festejado nos clubes e especialmente nas
ruas do centro da cidade. Entre as festas religiosas mais freqüentadas estão a
do santuário de Nossa Senhora da Penha, no mês de outubro, e a de Iemanjá,
realizada nas praias na noite de 31 de dezembro.
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