O isolamento geográfico da Irlanda, a verde Erin
dos poetas, conferiu a essa ilha um interessante e peculiar legado cultural. A
história recente da República da Irlanda, marcada pelas lutas de independência
e por dificuldades econômicas, determinou a emigração de grande número de
irlandeses para a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.
A Irlanda, também conhecida pelo nome irlandês de
Eire, ocupa a maior parte (70.285km2) da ilha situada a oeste da Grã-Bretanha,
da qual está separada pelo mar da Irlanda e pelo canal de São Jorge a
distâncias que variam entre 18 e 193km. O restante da ilha é ocupado pela
Irlanda do Norte, parte integrante do Reino Unido.
Geografia física
Geologia e relevo. A maior parte do solo irlandês
é fértil, formado por depósitos sedimentares de origem glacial. Nas montanhas
há rochas de formação antiga, como quartzitos, granitos e ardósia. A região
baixa do centro da ilha tem solo calcário.
O relevo irlandês é constituído por uma zona
interior de planícies, com altitudes que variam entre 60 e 120m. Menos de 15%
do território irlandês alcança altitude superior a 200m. O ponto culminante é o
pico Carrantuohill (1.041m), localizado na cordilheira Macgillicuddy. A única
falha na montanhosa orla marítima estende-se na direção norte a partir de
Dublin, ao longo da costa leste. Na costa ocidental, extremamente recortada, as
montanhas de Donegal, Mayo e Kerry avançam sobre o oceano, separadas por largas
e profundas baías.
Clima. O clima sofre a influência dos ventos
suaves do sudoeste e das águas temperadas da corrente do Golfo. Os meses mais
frios são janeiro e fevereiro, com média de 5o C; os mais quentes, julho e
agosto, com média de 15o C. As temperaturas são praticamente invariáveis em
toda a ilha, mas a incidência de chuvas varia muito: enquanto na região oeste,
mais exposta aos ventos úmidos do Atlântico, a precipitação anual é de 2.500mm,
no leste, mais resguardado, a média é de 750mm. As nevadas são freqüentes
somente nas montanhas.
Hidrografia. O rio mais extenso do país é o
Shannon, com 259km, que drena uma vasta área das planícies centrais e forma em
seu curso uma série de lagos. Outros cursos importantes são o Slaney, o Liffey
e o Boyne, no leste; o Nore, o Suir e o Barrow, no sudeste; o Blackwater, o
Bandon e o Lee, no sul; e o Clare e o Moy no oeste.
Flora e fauna. Quase toda a vida animal e a
vegetação da ilha provêm de migrações posteriores às glaciações, originárias do
norte da Europa. A vegetação natural predominante é de árvores de folhas
perenes, como carvalhos e faias. São abundantes os bosques de coníferas,
introduzidas pelo homem.
Não é grande a variedade de espécies animais, e
só aves e dois tipos de pequenos roedores, além de um tipo de lagarto, são
nativos. Não há cobras, o que, segundo antiga lenda, se deve à intervenção
milagrosa de são Patrício, padroeiro da ilha.
População
Ao longo de sua história a ilha foi invadida por
celtas, escandinavos, normandos, ingleses e escoceses. Mesmo assim, a população
irlandesa é uniforme do ponto de vista étnico. A língua nacional e primeira
língua oficial, segundo estabelece a constituição, é o irlandês, que se
assemelha ao gaélico, do norte da Escócia; o inglês é reconhecido como segunda
língua oficial. Todos os documentos oficiais são publicados em ambas as
línguas. O irlandês foi amplamente falado até à época da Grande Fome, na década
de 1840, quando ocorreu a emigração em massa. A partir daí o uso decaiu, até
1922, quando após a configuração da Irlanda como estado livre, o ensino do
irlandês passou a fazer parte do currículo escolar. A população domina os dois
idiomas, mas na prática o inglês é mais utilizado.
Fato de especial relevância para a estrutura
demográfica do país é a forte tendência à emigração. As taxas são tão elevadas
que, segundo estimativas, na segunda metade do século XX, metade dos
nascimentos de irlandeses ocorreu fora das fronteiras do país. Além da capital,
Dublin, a outra cidade importante é Cork. (Para dados demográficos, ver
DATAPÉDIA.)
Economia
A atividade econômica se processa mediante um
sistema misto, com intervenção do estado em ampla gama de setores, entre os
quais a aviação comercial, as estradas de ferro e de rodagem, o rádio, a
televisão, a geração e distribuição de eletricidade, a indústria do açúcar e a
refinação de petróleo.
Agricultura, pecuária e pesca. A atividade
agropecuária, que já foi o principal esteio
econômico, ainda ocupa papel relevante. A maior parte do solo é
empregado para pastagens e feno. Graças principalmente ao clima, que favorece o
crescimento dos pastos, é possível alimentar o gado durante quase todo o ano. O
modelo de exploração mais usual é a granja familiar. No sul predomina a
produção de leite; no interior a criação de gado para abate, e nas regiões
leste e sudeste a plantação de cereais. Além do gado bovino, são também
extensas as criações de ovelhas, principalmente nas regiões montanhosas.
A maior parte da produção do setor provém da
criação de gado bovino, seguida de leite e carne de porco. Outros produtos
importantes são cevada e trigo, frangos e ovos, lã e batata. A produção de
beterraba é suficiente para abastecer a indústria açucareira. Na segunda metade
do século XX, os planos estatais de reflorestamento fizeram triplicar a área
dos bosques.
Depois da segunda guerra mundial, as más
condições do mercado externo dificultaram o desenvolvimento da agricultura
irlandesa, mas a situação melhorou a partir de 1973, com a entrada do país para
a Comunidade Européia. A pesca marítima é pouco desenvolvida; pesca-se mais em
rios, para captura, principalmente, de salmões, enguias e trutas.
Energia e mineração. A Irlanda depende fortemente
das importações de matérias-primas minerais e de fontes de energia (carvão e
petróleo). O país não é rico em recursos minerais. Exploram-se jazidas de
prata, chumbo, zinco, gesso e barita. Na década de 1980 foi iniciada a
exploração de petróleo e de gás natural no mar, mas a produção obtida até
meados da década de 1990 era ainda insuficiente para proporcionar uma redução
significativa da dependência externa.
Indústria. Ao longo do século XX, a política
econômica do governo irlandês apresentou diversas orientações: depois de uma
fase inicial de marcado protecionismo para a indústria, que dificultou o
desenvolvimento e a capacidade de exportação, a partir da década de 1950 foram
implantados vários programas de abertura, com redução de impostos e
financiamento de projetos destinados a fomentar a criação de indústrias e a
tornar mais competitivas as já existentes. As mudanças tiveram resultados
positivos. No final do século XX, a maior parte da força de trabalho estava
empregada no setor industrial, maior responsável pela pauta de exportação, que
compreende basicamente alimentos enlatados, cervejas, roupas, calçados, maquinaria,
metais, cristais, aparelhos elétricos e remédios.
Finanças e comércio. Toda a economia nacional é
dirigida pelo Banco Central da Irlanda, responsável pela moeda. Embora não
realize operações diretas, influi sobre os bancos comerciais -- Bank of Ireland
e Allied Irish Banks, estatais, Ulster Bank e Northern Bank, subsidiários de
bancos de compensação londrinos. Há uma sucursal da Bolsa de Londres em Dublin.
A entrada da Irlanda na Comunidade Européia
significou um estímulo para a economia, pela possibilidade de aumento das
exportações. O principal parceiro comercial da Irlanda é o Reino Unido: quase
metade de suas importações procedem desse país, e é para ele que se destina
aproximadamente um terço das exportações irlandesas.
O turismo desempenha papel importante na
economia. Nas últimas décadas do século XX o setor ampliou-se notavelmente,
graças sobretudo ao esforço do Instituto Irlandês de Turismo, que incentivou a
construção de hotéis e de áreas de lazer e esporte.
Transportes e comunicações. A rede irlandesa de
estradas de rodagem é muito extensa, por causa da dispersão das populações
rurais. A empresa estatal Sistema Irlandês de Transportes (Córas Iompair
Eireann) exerce o controle financeiro das empresas de transporte ferroviário e
de ônibus urbanos e interurbanos. Em 1984 foi inaugurado em Dublin um sistema
de transporte ferroviário elétrico ultra-rápido.
Os portos mais importantes são os das costas
leste e sul, devido à proximidade com a Grã-Bretanha e a Europa continental,
especialmente Dublin, o maior porto do país, Waterford e Cork. A empresa
estatal British and Irish Steam Packet Company transporta passageiros, carga e
veículos entre os portos irlandeses e britânicos. Dublin, Shannon, Knock e Cork
têm aeroportos internacionais.
Todas as emissoras de rádio e televisão da
Irlanda são operadas pela Radio Telefís Éireann, entidade autônoma financiada
pela venda de concessões e de tempo publicitário. A maior parte do país pode
sintonizar as emissoras britânicas. (Para dados econômicos, ver DATAPÉDIA.)
História
Pescadores e caçadores constituíram o primeiro
contingente humano conhecido da Irlanda, por volta do ano 6000 a.C. Do
neolítico, iniciado três mil anos mais tarde, há o testemunho de 300 tumbas,
possivelmente pertencentes a comunidades agrícolas. Na idade do bronze (c.2000
a.C.) encontram-se vestígios de migrações continentais.
A transição da idade do bronze para a do ferro
está escassamente documentada. Existem poucos indícios na Irlanda da cultura
européia de Hallstatt. O período de La Tène, associado à chegada dos celtas,
está representado por esculturas e outros trabalhos em metal. A Irlanda céltica
era organizada politicamente em mais de uma centena de pequenos reinos
independentes, denominados thuatha. Os "cinco quintos", Ulster, Meath,
Leinster, Munster e Connaught (posteriormente Connacht) constituíram a Irlanda
dividida do princípio da era cristã. Os reinos lutaram durante anos pela
hegemonia da ilha, quando se destacaram, como mais poderosos, os de Ulster e
Connaught.
Na segunda metade do século IV, grupos de
aventureiros irlandeses saquearam a costa ocidental da Inglaterra, onde o poder
do Império Romano declinava paulatinamente. São Patrício, aprisionado numa
dessas incursões, na primeira metade do século V, propagou a fé cristã por todo
o país, de tal forma que por ocasião de sua morte a população da ilha já tinha
sido definitivamente conquistada pela nova religião. Foram construídos
mosteiros por toda a Irlanda, o que contribuiu para o enriquecimento da cultura
céltica.
Os noruegueses invadiram a Irlanda pela primeira
vez no ano 795. Inicialmente atacaram as áreas costeiras e depois ocuparam toda
a ilha. A ocupação dos escandinavos na Irlanda durou aproximadamente 200 anos,
período em que estabeleceram fortificações e pequenos reinos. Seu domínio, no
entanto, ficou praticamente reduzido ao comércio e à fundação de cidades, com o
conseqüente enriquecimento da civilização irlandesa. Foram eles que deram ao
país o nome de Eire.
Dominação inglesa. A desunião política do país, governado
por vários reis em meio a conflitos constantes, facilitou a intervenção de
Henrique II da Inglaterra. Depois de invadir e estabelecer sua soberania sobre
toda a ilha, reformou a igreja da Irlanda e afirmou seu poder pelo Tratado de
Windsor, de 1175, pelo qual passaram a vigir as leis inglesas.
Entre os séculos XIV e XV ocorreu um retrocesso
do domínio inglês. Novo tratado reafirmou o poder da coroa mediante a criação
de três novos condados anglo-irlandeses, os de Desmond, Kildare e Ormonde. No
século XVI ocorreu notável reflorescimento da língua, da legislação e da
cultura irlandesas. Nesse mesmo século, os condes de Kildare conseguiram o
controle político de todo o país.
A execução de Thomas de Kildare, que se opunha à
ruptura de Henrique VIII da Inglaterra com a Igreja Católica, em 1537, provocou
uma sublevação na Irlanda. O filho de Kildare, Thomas Fitzgerald, foi também
morto, o que acarretou o fim do condado. Henrique VIII foi reconhecido como rei
da Irlanda e ordenou o confisco das terras dos rebeldes.
Entre 1547 e 1553, sob o reinado de Eduardo VI,
instaurou-se na Irlanda uma política de reconciliação religiosa, mas o
protestantismo foi aceito apenas pelos funcionários ingleses. Maria Tudor, que
reinou de 1553 a 1558, restaurou o catolicismo como religião oficial.
Três grandes rebeliões se sucederam na Irlanda
durante o reinado de Elizabeth I da Inglaterra, em conseqüência dos Estatutos
de Supremacia e Uniformidade, aprovados em 1559 pelo governo inglês. Tais
dispositivos limitavam a prática do catolicismo na ilha e procuravam
reimplantar a supremacia da Igreja Anglicana.
No século XVII, sob Jaime I da Inglaterra, as
terras do condado de Ulster confiscadas aos rebeldes foram distribuídas entre
os súditos ingleses e escoceses de religião protestante, mediante um sistema de
colonização que discriminou severamente os irlandeses. Essa situação conduziu a
um levante geral em 1641, só dominado 11 anos mais tarde, pelas forças de
Oliver Cromwell.
Um ano depois, a Irlanda integrou-se ao regime
republicano de Cromwell, junto com a Escócia e a Inglaterra. Posteriormente, os
irlandeses apoiaram a restauração dos Stuart. Carlos II, que de 1660 a 1685 foi
o soberano de Inglaterra, Escócia e Irlanda, favoreceu a tolerância religiosa,
mas os protestantes intransigentes firmaram posição contra tal política.
Depois da derrota de Jaime II e das forças
irlandesas frente a Guilherme III, em 1690, o país passou por um período de
miséria e perseguições, e a situação só se abrandou no século XVIII. As
tentativas de alcançar a autonomia provocaram a revolução de 1798, dirigida por
uma sociedade secreta denominada Irlandeses Unidos. Para fazer frente ao
separatismo da ilha, o governo inglês unificou a estrutura do estado e fundou,
em 1801, o Reino da Grã-Bretanha e Irlanda.
Independência. Durante o século XIX, o
descontentamento estendeu-se para todos os setores da sociedade irlandesa.
Daniel O'Connell organizou um movimento popular de caráter nacionalista e em
1829 conseguiu para os católicos irlandeses o direito de acesso à maior parte
dos cargos públicos. No período entre 1846 e 1848, a fome e uma epidemia de
tifo assolaram o país.
Os numerosos emigrantes que se estabeleceram na
Grã-Bretanha e nos Estados Unidos difundiram um importante movimento
nacionalista de independência, o Sinn Féin. Depois de prolongados esforços para
conseguir a autonomia do país, em 6 de dezembro de 1921 foi assinado um tratado
pelo qual a Irlanda tornou-se estado livre, mas como domínio do soberano
inglês. Além disso, parte do Ulster (Irlanda do Norte) permaneceu anexada ao
Reino Unido.
Eamon de Valera, líder dos nacionalistas
republicanos, tentou conseguir a independência total. Vitorioso nas eleições de
1933, promulgou a constituição de 1937, pela qual a Irlanda passou a ser
denominada Eire e se desvinculou da monarquia britânica. Durante a segunda
guerra mundial, o governo irlandês manteve uma política de neutralidade, apesar
dos ataques aéreos alemães a Dublin e das pressões do presidente Franklin
Roosevelt, dos Estados Unidos.
Com a derrota de De Valera nas eleições de 1948,
os republicanos foram substituídos no poder por um governo de coalizão
encabeçado pelo nacionalista John A. Costello. Em 1949, o Reino Unido
reconheceu a independência da Irlanda, mas declarou que os seis condados da
Irlanda do Norte, de maioria protestante, não poderiam ser cedidos à república
sem o consentimento dos irlandeses do norte. De Valera foi novamente
primeiro-ministro de 1951 a 1954, e de 1959 a 1973 ocupou a presidência da
república.
Em 1985, os governos irlandês e britânico
assinaram um acordo pelo qual a Irlanda reconhecia a união da Irlanda do Norte
com a Grã-Bretanha. Em troca, o governo irlandês passou a ter um papel
consultivo na administração da Irlanda do Norte. Entretanto, essa medida não
foi suficiente para pôr termo às tentativas dos católicos da Irlanda do Norte
de separar-se do Reino Unido.
Instituições políticas
A Irlanda é uma democracia constitucional
parlamentar, cuja constituição, promulgada em 1937, pode ser emendada por
referendo. O presidente da república é o chefe de estado, eleito por voto
popular direto, com mandato de sete anos e possibilidade de uma única
reeleição. Desempenha suas funções com a ajuda do Conselho de Estado. O chefe
do governo é o primeiro-ministro (taoiseach).
O Parlamento (Oireachtas), bicameral, é formado
pela Câmara dos Representantes (Dáil) e pelo Senado. O Dáil conta com 166
membros eleitos por sufrágio universal a cada cinco anos; o Senado é integrado
por sessenta representantes, escolhidos da seguinte forma: 11 indicados pelo
primeiro-ministro, seis eleitos pelas universidades irlandesas e 43 eleitos
para representar os diversos grupos econômicos, profissionais e culturais.
O sistema judiciário é constituído por tribunais
distritais em cada condado, e pela Suprema Corte, que é o juizado de última
instância. Os juízes são designados pelo presidente da república e, salvo em
casos de incapacidade ou delito, exercem o cargo até a aposentadoria ou morte.
Não existem corpos policiais locais. A Guarda Civil, criada em 1922, é a força
pública de âmbito nacional, cujo comandante responde diretamente ao ministro da
Justiça. Parte da Guarda Civil é empregada em investigações e capturas,
trabalha à paisana e quando necessário, armada. O restante trabalha de uniforme
e desarmado.
O serviço militar é voluntário. Oficiais das três
armas participaram de diversas missões de paz da Organização das Nações Unidas
(ONU) no Oriente Médio, Zaire e Chipre.
As três forças políticas mais importantes do país
são o Fianna Fáil, republicano; o Fine Gael, nacionalista, e o Partido
Trabalhista. A divisão administrativa estabelece quatro províncias (Leinster,
Munster, Connacht e Ulster), subdivididas em 27 condados, governados pelos
conselhos de condado, eleitos periodicamente por sufrágio universal.
Sociedade
A administração dos serviços de saúde está a
cargo das repartições locais, sob a supervisão do Ministério da Saúde. Salvo
nos casos de crianças ou de grupos sociais desfavorecidos, o custo dos
benefícios é pago.
O ensino primário é gratuito, obrigatório e em
sua maior parte religioso (católico). Quase todo o ensino secundário é privado.
As universidades mais importantes são a de Dublin (Trinity College) e a
Nacional da Irlanda. O sindicalismo, de longa tradição no país, exerce
importante papel na sociedade. As negociações coletivas entre trabalhadores e
empresas são mediadas pelo Tribunal do Trabalho.
O catolicismo é professado pela quase totalidade
da população, com outros grupos religiosos claramente minoritários, como
presbiterianos, metodistas e judeus. Não há religião oficial, e a liberdade
religiosa e de consciência está assegurada pela constituição. (Para dados sobre
sociedade, ver DATAPÉDIA.)
Cultura
Uma das características mais notáveis da Irlanda
é que um país de dimensões territoriais tão reduzidas tenha produzido um tão
grande número de grandes escritores, como Jonathan Swift, Oscar Wilde, James
Joyce, William Butler Yeats, George Bernard Shaw e Samuel Beckett, os três
últimos ganhadores do Prêmio Nobel de literatura.
Tanto a literatura quanto o teatro se
desenvolveram sob a influência de duas línguas, o inglês e o irlandês. Como a
Irlanda fez parte da Inglaterra durante quase 800 anos, os escritores
irlandeses de expressão inglesa são considerados muitas vezes escritores
ingleses. É o caso de Swift, George
Augustus Moore, Joyce, Beckett, do poeta Yeats e dos dramaturgos Oliver
Goldsmith, Richard Sheridan, John Millington Synge, Wilde e Shaw.
São numerosas as instituições que se dedicam ao
fomento da cultura popular irlandesa. Algumas são de caráter esportivo, como a
Associação Atlética Gaélica; outras estão voltadas preferencialmente para o uso
intensivo do idioma local, como é o caso da Liga Gaélica. Existem ainda a Royal
Irish Academy, dedicada às ciências; a Royal Hibernian Academy, que dá apoio às
belas-artes; a Royal Dublin Society, que promove as artes e ciências e o
aperfeiçoamento da agricultura, e a Royal Irish Academy of Music.
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