sábado, 18 de maio de 2013

Rio de Janeiro




Freqüentemente citada como "cidade maravilhosa", o Rio de Janeiro, capital do estado de mesmo nome, é um dos dois centros economicamente mais importantes do Brasil. A atividade econômica e política da metrópole, porém, convive com sua intensa atração turística, propiciada pelo incomparável cenário de belezas naturais, assim como por edifícios e monumentos históricos que relembram os quase dois séculos em que a cidade foi capital federal.
O Rio de Janeiro, capital do estado do Rio de Janeiro, e do Brasil até 1960, situa-se na margem ocidental da baía de Guanabara, entre o oceano Atlântico, ao sul, os municípios de Itaguaí, Nova Iguaçu, Nilópolis, São João de Meriti e Duque de Caxias ao norte, e a baía de Sepetiba a oeste. A superfície do município, de 1.171km2, inclui mais de cem ilhas, das quais a maior é a do Governador, com 29km2.
A cidade apresenta-se quase ao nível do mar: apenas 22% da superfície tem mais de cem metros de altitude e somente dez por cento mais de 300. Três grandes maciços erguem-se abruptamente nesse panorama. No maciço de Jericinó, o ponto mais alto é o pico do Guandu, com 900m de altitude. No maciço da Pedra Branca, encontra-se o pico da Pedra Branca, com 1.024m, ponto culminante do município. O pico da Tijuca (1.021m), o Bico do Papagaio (975m), Andaraí (900m), Corcovado (704m), Dois Irmãos (533m) e Pão de Açúcar (395m) são os pontos mais altos do maciço da Tijuca. As baixadas de Sepetiba e da Guanabara são segmentos de uma unidade maior, a baixada fluminense. O município constitui a microrregião do Rio de Janeiro, ou Grande Rio, um dos dez aglomerados urbanos mais populosos do planeta.
Desenvolvimento urbano. O núcleo da cidade desenvolve-se como um grande arco ao pé do maciço da Tijuca, cujos esporões rochosos impõem, em diversos pontos, um estrangulamento no espaço urbano. Com o nome local de serra da Carioca, esse maciço prolonga-se na direção leste até quase as margens da baía e delineia uma divisão da cidade em dois setores praticamente isolados -- a zona norte e a zona sul, embora também se estendam subúrbios por uma zona oeste.
O centro situa-se entre a extremidade do esporão montanhoso e o mar, em posição excêntrica (na verdade, de zona leste da metrópole) e de travessia obrigatória nas ligações entre as zonas norte e sul, a não ser que se transponha a montanha. Por isso mesmo, o Rio é uma cidade de muitos túneis (mais de sessenta), dos quais os maiores são o Dois Irmãos (Gávea-São Conrado), Rebouças (Rio Comprido-Lagoa) e Santa Bárbara (Catumbi-Laranjeiras).
A implantação da cidade teve início no centro. Ocupou, inicialmente, as pequenas planícies de brejo e uns poucos morros da estreita faixa situada entre as encostas e o mar. A expansão urbana processou-se ao longo do sopé do maciço montanhoso e pelos vales, como nas Laranjeiras, no Rio Comprido e na Tijuca. As pequenas baixadas, quase sempre pantanosas, foram depois sucessivamente ocupadas.
Na região suburbana, que surgiu depois e continua em expansão, a ocupação iniciou-se ao longo das vias férreas. As planícies mais baixas, bem como os manguezais que margeiam a baía, foram mais tarde anexados à área urbanizada. As montanhas e o mar sempre dificultaram o crescimento do Rio de Janeiro e deram-lhe uma forma longitudinal.
Na conquista do espaço urbano, os graves problemas do crescimento transparecem nos desmontes e aterros. Ainda no período colonial, o morro das Mangueiras foi arrasado para aterrar a lagoa do Boqueirão, onde hoje se localiza o Passeio Público. No século XX, outros morros tiveram o mesmo destino. O morro do Senado contribuiu para aterrar a zona portuária. As terras do morro do Castelo, berço da cidade, serviram para formar a praça Paris e adjacências. O de Santo Antônio, por sua vez, foi abaixo para facilitar a construção de vias de acesso direto à zona sul, que se expandiu ao longo da orla oceânica.
Apesar dos desmatamentos que o município já sofreu, é dos poucos que podem gabar-se de ter reconstituído uma floresta inteira, com espécies da própria mata Atlântica original. O espaço, hoje, é tombado como patrimônio público e denomina-se Parque Nacional da Tijuca. Contribui para amenizar, nos meses mais quentes, o clima tropical da cidade que, de novembro a abril, apresenta médias de temperatura bastante altas e também elevada umidade relativa.
História. A região onde se situa a cidade foi descoberta em 1º de janeiro de 1502, por uma expedição exploradora portuguesa. Julgando tratar-se da embocadura de um rio, os navegadores deram-lhe o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro. A baía era chamada pelos tamoios de Iguaá-mbará (enseada do rio-mar) ou Niterói (água que se esconde). Em 1503, uma nova expedição, chefiada por Gonçalo Coelho, fundou a primeira feitoria na região.
A casa de pedra edificada na atual praia do Flamengo era chamada pelos indígenas de carioca (casa de branco), atual gentílico dos habitantes da cidade.   Durante várias décadas, foram freqüentes as incursões dos corsários franceses, que trocavam produtos com os índios tamoios. Em 1555, Nicolas Durand de Villegaignon chegou ao Rio de Janeiro decidido a fundar uma colônia, a França Antártica. Concentrados principalmente na ilha de Serigipe, os franceses dominaram o Rio de Janeiro por mais de quatro anos. Para combatê-los, Portugal armou várias expedições, entre elas a de Mem de Sá, governador-geral da capitania que, por acreditar ter vencido o inimigo definitivamente, seguiu para a Bahia. Com o apoio dos tamoios, os franceses retomaram a região.
No dia 1º de março de 1565, a armada de Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, desembarcou na península (depois denominada de São João) -- entre o morro Cara de Cão e os penedos do Pão de Açúcar e da Urca -- disposta a consolidar o domínio português sobre as terras. A data marca simbolicamente a fundação da cidade pois, nesse mesmo dia, foi iniciada a construção de um arraial fortificado, núcleo da cidade. Entre 1565 e 1567, Estácio de Sá não só se dedicou à guerra, como tratou de organizar administrativamente a nova cidade, doando sesmarias à Companhia de Jesus e aos moradores.
As armas portuguesas finalmente venceram os franceses, em janeiro de 1567. Ferido por uma flechada, Estácio de Sá morreu no mês seguinte.   Para assegurar melhor ocupação da região, Mem de Sá transferiu a sede da cidade para o morro do Descanso, mais tarde chamado morro do Castelo. Em 1568, confiou a povoação a outro sobrinho, Salvador Correia de Sá, o Velho que, em 1602, passou o poder a seu filho, Martim Correia de Sá. O domínio da família Sá perdurou nos primeiros sessenta anos do século XVII.
O Rio de Janeiro já havia, então, consolidado a função de importante porto para abastecimento dos navios que faziam a defesa do litoral sul da colônia. Com o desenvolvimento da lavoura de cana-de-açúcar nas terras vizinhas à baía de Guanabara, passaram a ser exportados açúcar e aguardente. Em agosto de 1710, os franceses novamente tentaram ocupar a cidade, o que conseguiram num novo ataque, em setembro de 1711. Só se retiraram em novembro, após o pagamento de pesado resgate.
Ao longo do século XVIII, a cidade passou por diversas transformações, como o aterro da lagoa que deu lugar ao largo da Carioca. As mudanças se acentuaram a partir de 1763, quando a sede do governo central passou de Salvador para o Rio de Janeiro, o que transformou a cidade no centro político-administrativo da nova colônia. Instalou-se o cais da atual praça Quinze de Novembro, aterrou-se a lagoa do Boqueirão, onde foi construído o Passeio Público, e ergueram-se os fortes de Conceição e de ilha das Cobras.
Com a chegada da família real portuguesa, em 1808, o Rio tornou-se sede da monarquia lusitana. Nesse período, a área urbana foi remodelada, e a cidade começou a tornar-se centro cultural. Fundaram-se museus, teatros, escolas, hospitais, e lançou-se, ainda em 1808, o primeiro jornal impresso no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro.
A partir de então, a história do Rio de Janeiro confunde-se com a do Brasil, uma vez que sua população passou a influir nos acontecimentos nacionais, como o processo da independência. Em 1822, a população chegava a cem mil habitantes, espalhados para além do então campo de Santana (depois praça da República), pelo lado norte da serra da Carioca, e até o Catete, pelo lado sul. A agitação política levou o governo a fazer da cidade um município da corte, ou neutro, separado da província do Rio de Janeiro, mais tarde estado do Rio de Janeiro.
Durante a era do café, a produção de quatro províncias era escoada através do porto do Rio de Janeiro e a implantação de estradas de ferro fortaleceu ainda mais a posição de centro econômico da cidade. Durante os governos que se seguiram, a cidade continuou a ser remodelada e ganhou muitos serviços, como o bonde a tração animal em 1868, telégrafo (1874) e linhas telefônicas (1881). Em 1900, fundou-se o Instituto Soroterápico, atual Fundação Osvaldo Cruz, e construíram-se novas estradas de ferro. Foram canalizados rios e abertas novas avenidas, como a Beira-Mar, Atlântica, Mem de Sá e Passos.
Em 1902, na gestão do prefeito Francisco Pereira Passos, um novo surto de grandes melhoramentos mudou a fisionomia da cidade. Mais um pouco e construía-se o Teatro Municipal, remodelavam-se jardins e praças públicas, implantavam-se os bondes elétricos. O sanitarista Osvaldo Cruz foi encarregado de sanear o centro da cidade, que ganhou, em 1905, a grande avenida Central, atual Rio Branco, primeiro logradouro da cidade a receber iluminação elétrica.
Nas décadas seguintes, a cidade prosseguiu em crescimento vertiginoso, com diversas melhorias na vida urbana, mas sem um plano diretor de longo alcance. Surgiram favelas em vários pontos e alguns bairros assumiram feições de verdadeiras cidades, como é o caso de Copacabana, que possui uma das mais densas concentrações humanas do mundo.
A inauguração de Brasília, em 1960, encerrou uma longa fase do Rio de Janeiro, transformado em estado (ou cidade-estado) da Guanabara, até 1975, quando seu território foi integrado ao estado do Rio de Janeiro. As obras realizadas desde então incluem os túneis Dois Irmãos, Pepino e Joá, o alargamento da praia de Copacabana e a remodelação da avenida Atlântica, o metrô, cuja primeira linha foi aberta em 1979, a estrada Lagoa-Barra, de 1982, dezenas de viadutos, a ponte Rio-Niterói (oficialmente, Presidente Costa e Silva) e a Linha Vermelha, que em 1994 ligou São Cristóvão à rodovia Presidente Dutra, em São João do Meriti, num percurso de mais de 21km.
Com o agigantamento, agravaram-se os problemas sociais, multiplicaram-se as favelas e a criminalidade atingiu cifras assustadoras. Na década de 1980, o Rio de Janeiro viveu uma grave crise econômica, que culminou com a admissão da falência da prefeitura em 1988. No mesmo ano, decretou-se calamidade pública na cidade em decorrência das fortes chuvas que deixaram dezenas de mortos e milhares de desabrigados. Na passagem do ano, um acidente de repercussão internacional contribuiu para desgastar ainda mais a imagem da cidade: o naufrágio do Bateau Mouche IV, que matou 55 pessoas na baía de Guanabara, em virtude de uma série de irregularidades no barco, que foram mais tarde reveladas pelas investigações.
No início da década de 1990 a população assistiu à gradual recuperação econômica e urbanística da cidade. Realizaram-se obras de pavimentação, drenagem e de tratamento paisagístico da orla carioca, do Leme ao Recreiro dos Bandeirantes. A maioria desses empreendimentos coincidiu com a fase de preparação da cidade para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), em que foram assinadas importantes convenções internacionais sobre os problemas ecológicos do planeta. Como parte do projeto de conservação do patrimônio histórico da cidade, tombou-se em 1993 o largo do Boticário, o forte de Copacabana, os jardins de Burle Marx e o conjunto arquitetônico da ilha Fiscal, na baía de Guanabara, entre outros monumentos.
A cidade começou então a crescer em direção à Barra da Tijuca e ao Recreio dos Bandeirantes. Houve um acelerada expansão imobiliária nesses bairros, e a Barra se tornou importante pólo de lazer e comércio carioca, com shoppings, hipermercados, inúmeros teatros e cinemas, além de restaurantes e casas de espetáculos. Esse cenário de desenvolvimento econômico rivalizou, porém, com a violência crescente do tráfico internacional de drogas, que aumentou seu domínio sobre as favelas cariocas face à desorganização do aparelho policial. Ondas de seqüestros, assaltos e assassinatos afugentaram uma das principais fontes de renda da cidade, o turista, amedrontado pelas denúncias de crimes violentos, como o massacre de sete crianças na Candelária e de 21 pessoas na favela de Vigário Geral em 1993. Para conter essa onda de violência, o Exército foi convocado para colaborar no combate ao narcotráfico.
Atividades econômicas. O fato de ter sido durante muitos anos a capital do país explica o grande desenvolvimento da indústria no Rio de Janeiro. A cidade também foi por muito tempo a maior do Brasil, além de ser o maior centro consumidor e maior porto. A proximidade da serra do Mar, com grande potencial hidrelétrico, também favoreceu o crescimento industrial. No Brasil, apenas o complexo industrial formado em torno da capital paulista supera em importância o do Grande Rio.
A função comercial colocou sob o comando do Rio de Janeiro uma ampla área econômica integrada pela zona canavieira do estado do Rio, a antiga região cafeeira do vale do Paraíba do Sul e, em Minas Gerais, a região agrícola da zona da mata e a região pecuária do sul do estado. O desenvolvimento industrial, principalmente a partir da abertura da avenida Presidente Vargas, e a expansão do centro da cidade, provocou o deslocamento das indústrias para a periferia da cidade. Em conseqüência desse processo, muitas localidades do estado do Rio de Janeiro se transformaram em apêndices da metrópole carioca. Entre as fábricas instaladas na periferia, aponta-se a refinaria Duque de Caxias, no município de Duque de Caxias, como uma das principais.
A tendência de espalhar-se o parque industrial na periferia contribuiu para o esvaziamento econômico do antigo estado da Guanabara, que nada mais era senão o  município do Rio de Janeiro. Para criar condições favoráveis à implantação de novas indústrias, foram planejados os distritos industriais da Fazenda Botafogo e dos bairros de Costa Barros e Santa Cruz. A usina da Companhia Siderúrgica da Guanabara (Cosigua) foi privatizada.
As atividades agropecuárias têm pouca expressão no município, por sua pequena área e pelo caráter urbano da ocupação humana. A zona rural situa-se na porção ocidental, de Santa Cruz, Campo Grande e Sepetiba. A cultura da laranja e de outras frutas, legumes e hortaliças, decaiu em virtude do empobrecimento dos solos e da vertiginosa valorização das terras, como resultado da industrialização. A metrópole carioca recebe produtos hortigranjeiros de outros municípios fluminenses, Minas Gerais e áreas mais afastadas, sobretudo de São Paulo. Parte do desenvolvimento do Rio de Janeiro deve-se também a seu porto, um dos maiores e mais mais bem aparelhados do país.
O principal eixo rodoviário é a avenida Brasil, que parte da área portuária e segue o contorno da baía de Guanabara até as proximidades da antiga divisa com o estado do Rio de Janeiro. Por meio dessa avenida se faz a ligação com o sistema rodoviário que une o Rio de Janeiro a São Paulo e ao sul do país, a Minas Gerais, Brasília, Goiás, Espírito Santo, Bahia e Nordeste. Por ser praticamente a única saída rodoviária da cidade (afora a rodovia Rio-Santos, trecho da BR-101, de muito menor movimento), a avenida Brasil tem graves problemas de congestionamento. Parte desse movimento foi absorvido pela Linha Vermelha.
Na década de 1980, o metrô, construído a elevadíssimo custo em função da topografia da cidade, começou a contribuir para atenuar o problema do transporte no Rio de Janeiro. Por falta de verbas, as obras de expansão do metrô foram paralisadas em 1989 pelo governo do estado e reiniciadas em 1995.
Além do aeroporto internacional, a cidade conta com o aeroporto Santos Dumont, em pleno centro da cidade, que atende a aeronaves de pequeno porte e à ponte aérea Rio -- São Paulo. Integra ainda o sistema de transporte o serviço de barcas de passageiros que liga o Rio de Janeiro a Niterói e à ilha de Paquetá.
No longo período em que foi a capital do país, o Rio de Janeiro alcançou um nível de especialização e diversificação comercial sem paralelo, que só mais tarde foi igualado, e a seguir superado, por São Paulo. O comércio carioca serve não somente à população do Grande Rio, como também a uma vasta clientela nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Nos últimos anos, surgiram e se desenvolveram em toda a cidade, mesmo em bairros distantes ou de criação mais recente, como São Conrado e a baixada de Jacarepaguá, subcentros de intensa movimentação. Em função de um período de estagnação e da crise econômica que atingiu todo o país na década de 1980, cresceu também a taxa de emprego de mão-de-obra no denominado setor informal da economia.
Os serviços administrativos que o Rio prestava ao resto do país como sede do governo federal progressivamente se vão restringindo. Ainda assim, o equipamento disponível para prestação de serviços é um dos mais ricos do país. É muito numerosa a rede de agências bancárias e de hotéis.
Atividades socioculturais. Têm sede no Rio de Janeiro numerosas instituições culturais, entre as quais a Academia Brasileira de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a Fundação Getúlio Vargas e a Fundação Casa de Rui Barbosa. Há centenas de bibliotecas, entre as quais a Biblioteca Nacional, a mais importante do país, e dezenas de museus, como o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, o Nacional de Belas-Artes, o de Arte Moderna, o Histórico Nacional e o da República, no Catete. O Observatório Nacional está instalado em São Cristóvão, e o Planetário situa-se no bairro da Gávea.
Embora tenha perdido sua condição de capital do país, o Rio de Janeiro continua a exercer influência nacional no setor de comunicações, por meio de sua imprensa, estações de rádio e televisão de alto nível técnico. A cidade também possui várias importantes universidades e centros de pesquisa, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Pontífice Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Fundação Osvaldo Cruz.
Turismo. O Rio de Janeiro constitui o principal centro de atração turística do país. Os pontos mais importantes são: os morros do Pão de Açúcar e Urca, ligados entre si e à praia Vermelha por um teleférico; o morro do Corcovado, com a estátua do Cristo Redentor, ligado à cidade por estrada de rodagem e pequena estrada de ferro de cremalheira; as praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado e Barra da Tijuca; o parque da floresta da Tijuca; a Quinta da Boa Vista e o Jardim Zoológico; a lagoa Rodrigo de Freitas; a ilha de Paquetá; o Jardim Botânico e os parques Laje, da Cidade e do Flamengo -- com jardins projetados pelo paisagista Burle Marx e onde se encontra o monumento aos mortos na segunda guerra mundial (1957), projeto de Marcos Konder Neto e Hélio Ribas Marinho.
O Rio de Janeiro oferece a seus visitantes valioso acervo arquitetônico. Nos estilos tradicionais (barroco, império, neoclássico etc.), sobressaem as igrejas de Nossa Senhora da Candelária, de São Francisco da Penitência, do Mosteiro de São Bento (séculos XVI e XVII), do Convento de Santo Antônio (séculos XVII e XVIII), de Nossa Senhora do Carmo, de Nossa Senhora da Glória e de Nossa Senhora da Penha, o pavilhão da Ilha Fiscal, construído em estilo gótico no século XVIII, o aqueduto da Carioca (Arcos da Lapa), o Paço Imperial, o paço de São Cristóvão, os palácios do Catete e de Laranjeiras e a fortaleza da Conceição.
Na arquitetura moderna, são célebres, entre muitos outros, o edifício do palácio Gustavo Capanema (projetado por equipe brasileira orientada por Le Corbusier), os edifícios da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), e do Instituto de Resseguros do Brasil, dos irmãos M. M. M. Roberto, o conjunto do Museu de Arte Moderna (de Afonso Eduardo Reidy), o edifício-sede da Petrobrás, o edifício-sede do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj) e a Passarela do Samba (de Oscar Niemeyer), na avenida Marquês de Sapucaí.
No setor dos desportos, de grande significado na história da cidade, acha-se no Rio um dos maiores estádios do mundo, o Mário Filho (Maracanã), com capacidade para 150.000 pessoas, o ginásio Gilberto Cardoso (Maracanãzinho), com capacidade para cinqüenta mil espectadores, o parque aquático Júlio De Lamare, o hipódromo da Gávea e o autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, afora numerosos outros estádios e parques esportivos.
O grande evento popular do Rio é o carnaval, festejado nos clubes e especialmente nas ruas do centro da cidade. Entre as festas religiosas mais freqüentadas estão a do santuário de Nossa Senhora da Penha, no mês de outubro, e a de Iemanjá, realizada nas praias na noite de 31 de dezembro.

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