Sipunculídeos.
Animais marinhos, de sexos separados, os sipunculídeos
têm corpo em forma de abóbora alongada, altamente contrátil, extremidade
anterior delgada e retrátil, e são providos de tentáculos curtos e ocos ao
redor da boca.
Equiurídeos.
Até o século XIX classificados no filo dos
sipunculídeos, os equiurídeos têm corpo em forma de salsicha e extremidade
anterior com probóscide elástica em forma de gamela que conduz à boca. São
animais marinhos e dióicos.
Desde os protozoários, unicelulares e microscópicos,
até os grandes polvos e lulas, que atingem vários metros de comprimento, os
invertebrados formam uma ampla variedade de seres, equivalente a mais de
noventa por cento dos animais existentes, distribuídos por todas as partes do
mundo.
Invertebrados são todos os animais que não possuem a
coluna vertebral ou coluna dorsal, em oposição aos vertebrados, que possuem
alguma forma de esqueleto interno, ósseo ou cartilaginoso. Afora a ausência de
coluna vertebral, os invertebrados têm muito pouco em comum. São geralmente
animais de corpo mole, sem esqueleto interno rígido para ligação dos músculos,
mas em muitos casos com esqueleto externo rígido, que serve também de proteção
ao corpo, como os moluscos, crustáceos e insetos. Devido a sua heterogeneidade,
a classificação dos invertebrados obedece mais a critérios descritivos do que a
normas de distinção filogenética. O termo taxionômico invertebrados, antes
usado em oposição a vertebrados -- ainda vigente como nome de um subfilo -- não
é mais usado na classificação sistemática moderna. Os invertebrados podem
pertencer aos dois grandes sub-reinos em que se divide o reino animal:
protozoários e metazoários.
Protozoários.
Os animais mais rudimentares que existem são os
protozoários, unicelulares e em sua maior parte microscópicos. Embora
aparentemente simples, na realidade muitas vezes apresentam formas de notável
complexidade. Alguns dispõem de estruturas digestivas subcelulares, ou de
caráter locomotor, como os cílios (conjunto de filamentos curtos semelhantes a
pestanas com que certos protozoários se deslocam), que se acham conectados
entre si e têm movimentos coordenados. Ocorrem também núcleos duplos (como
acontece entre os ciliados), um dos quais governa a atividade da célula
enquanto o outro dirige a reprodução. Certos protozoários, como os rizópodes ou
sarcodíneos, possuem coberturas que protegem a célula. Essas coberturas nos
radiolários são formadas por sílica, por isso apresentam um aspecto vítreo, às
vezes de grande beleza; nos foraminíferos, são de natureza calcária e, quando o
animal morre, se depositam no fundo oceânico, dando origem a uma variedade
rochosa denominada greda.
Apesar de se situarem no estrato inferior da escala
evolutiva animal, os protozoários são sensíveis a determinados estímulos,
principalmente químicos, elétricos e, em alguns casos, luminosos. O filo dos
protozoários divide-se em dois subfilos: os plasmódromos, sem organelas para
locomoção, ou dotados de flagelos ou pseudópodos; e os cilióforos, com cílios
ou tentáculos sugadores. Os plasmódromos dividem-se em quatro classes:
mastigóforos, ou flagelados; opalinídeos, ou protociliados; sarcodíneos, ou
rizópodes; e esporozoários. Os cilióforos têm apenas uma classe, a dos
ciliados.
Metazoários.
Os invertebrados metazoários são animais
multicelulares, constituídos de células agrupadas em tecidos e em órgãos, e
estruturas especializadas graças às quais se produz divisão de trabalho nos
diversos componentes do organismo. Estão agrupados nos seguintes filos:
Mesozoários.
Entre os filos mais primitivos estão os mesozoários,
que apresentam um aglomerado de células mais ou menos amorfo, em cujo interior
se encontram diferentes elementos reprodutores.
Poríferos.
Os espongiários ou poríferos, que incluem as esponjas,
foram durante muito tempo confundidos com plantas, devido a seu tipo de vida
sedentário e a suas formas. Alguns zoólogos do século XIX, contudo, já
afirmavam que se tratava de autênticos animais, embora muito primitivos. De
fato, ao contrário da maioria dos invertebrados, que apresentam três camadas
embrionárias bem definidas (ectoderma, mesoderma e endoderma) e recebem a
denominação de triblásticos ou triploblásticos, as esponjas, assim como os
celenterados e os ctenários, têm apenas duas camadas (ectoderma e endoderma).
A cavidade central das esponjas, a espongiocela,
recolhe a água que entra pelos poros inalantes que perfuram o corpo do animal e
permite sua saída pelo ósculo ou orifício maior, situado na parte superior. A
corrente assim estabelecida leva as partículas alimentícias de que as esponjas
se nutrem até os coanócitos, células dotadas de uma espécie de anel gelatinoso
e de um prolongamento filiforme ou flagelo, encarregado de capturar essas
partículas.
Celenterados.
Os celenterados ou cnidários, embora também apresentem
estrutura muito simples, são mais complexos do ponto de vista celular, com
células que são ao mesmo tempo epiteliais e musculares (mioepiteliais) e uma
série de músculos que possibilitam ao animal realizar movimentos contráteis,
como ocorre nas medusas. Diferenciam-se também órgãos sensitivos, alguns dos
quais captam sensações luminosas, e outros, como os estatocistos, que permitem
ao animal estabelecer sua posição no espaço.
Ctenóforos.
Os ctenóforos apresentam simetria radial básica, uma
cavidade gastrovascular com ramos e placas ciliadas no corpo, que lhes dão o
aspecto de medusas. Abundam nos mares quentes e alguns em regiões temperadas,
quer em águas superficiais, quer em grandes profundidades. Esse filo divide-se
em duas classes: a dos animais com tentáculos, que congrega quatro ordens --
cidipídeos, lobados, cestídeos e platictênios; e a dos animais sem tentáculos,
que abriga uma única ordem, a dos beróideos.
Platelmintos.
Os platelmintos são vermes na maioria marinhos,
delgados e de grande comprimento, dotados de um prolongamento anterior ou
probóscide; alguns são pseudocelomados, com cavidades internas, não cobertas
por células. Muitos platelmintos estão adaptados à vida parasitária e têm
sistemas orgânicos reduzidos. As tênias ou cestóides, e também os asquelmintos,
não possuem aparelhos respiratório, digestivo e circulatório. O sistema nervoso
é muito rudimentar e consiste numa série de cordões longitudinais unidos a
gânglios ou agrupamentos de células nervosas.
Anelídeos.
Os anelídeos são vermes segmentados, de
desenvolvimento embrionário mais complexo, cujo corpo apresenta uma série de
anéis, como os poliquetos marinhos, as minhocas e as sanguessugas.
Moluscos.
De corpo mole, coberto por um manto que geralmente
secreta uma concha calcária, os moluscos apresentam simetria bilateral, sexos
geralmente separados e vivem em água salgada e doce, alguns na terra. Esse filo
compreende seis classes: monoplacóforos, anfineuros (quíton), escafópodes, grastrópodes
(caracol, lesma, caramujo, abalone), pelecípodes (ostra, mexilhão) e
cefalópodes (lula, polvo).
Artrópodes.
Os artrópodes são animais com as extremidades pares
articuladas, exoesqueleto quitinoso e corpo com cabeça, tórax e abdome. São
terrestres ou aquáticos, de vida livre, comensais ou parasitos. Têm apêndices
locomotores aperfeiçoados, que permitem movimentos muito precisos e, no caso de
certos insetos, mover-se em grande velocidade no meio aéreo, graças às asas.
Além dos olhos compostos, têm vários órgãos sensoriais: receptores tácteis e
olfativos, como as antenas de insetos e crustáceos; estatocistos, que informam
sobre a posição do corpo; quimiorreceptores e membranas auditivas etc.
Outra característica dos artrópodes é a cutícula, ou
camada externa endurecida, de quitina, que em alguns casos, como nos
crustáceos, é composta também por sais cálcicos. Isso faz com que, para
crescer, o animal passe por uma série de mudas, nas quais se desprende a
cutícula. Agrupam-se nesse filo os crustáceos (lagostas, caranguejos e cracas),
insetos (mosca, abelha, gafanhoto), aracnídeos (aranhas, escorpiões,
carrapatos), além das centopéias, dos piolhos-de-cobra e dos embuás.
Equinodermos.
O filo dos equinodermos inclui as seguintes classes:
crinóides, asteróides (estrelas-do-mar), equinóides (ouriço-do-mar), ofiúros e
holotúrias. Os animais desses filos são marinhos. Distinguem-se pelo
endoesqueleto rígido ou flexível, formado por placas calcárias, sistema
ambulacrário com pés externos para locomoção.
Foronídeos.
Os foronídeos são animais marinhos, de corpo
vermiforme, cilíndrico, não-segmentado; cada indivíduo vive em tubo membranoso
secretado por ele mesmo. A extremidade anterior contém tentáculos ciliados e um
lofóforo (conjunto de tentáculos) em forma de ferradura.
Briozoários.
O filo dos briozoários, ou ectoproctos, é constituído
por colônias ramificadas e arborescentes, incrustadas em rochas ou conchas, ou
como massas gelatinosas, com muitos indivíduos, diminutos, cada um em uma casa
separada. Os indivíduos possuem tentáculos ciliados ao redor da boca. Vivem em
água salgada ou doce.
Entoproctos.
O filo dos entoproctos engloba indivíduos diminutos,
solitários ou coloniais, cada um com pedúnculo e muitos tentáculos ciliados,
com que se fixam a objetos ou animais.
Braquiópodos.
Os indivíduos do filo dos braquiópodos têm concha
externa calcária com valva ventral e dorsal, e fixam-se a rochas por um
pedúnculo carnoso. São animais marinhos, têm coração pequeno e sexos separados.
Hemicordados.
Há duas classes de hemicordados: a dos enteropneustos
e a dos pterobrânquios, ambas formadas por indivíduos cordados, acrânios,
vermiformes, com numerosas fendas branquiais. São animais marinhos, possuem
simetria bilateral e trato digestivo completo.
Pogonóforos.
De corpo cilíndrico, com três partes, sendo a última
provida de anéis ou papilas adesivas, os
pogonóforos têm de um a muitos tentáculos finos na parte anterior. São marinhos
e não apresentam trato digestivo.
Quetógnatos.
No filo dos quetógnatos, os indivíduos são pequenos,
alongados e transparentes. O corpo tem cabeça, tronco com nadadeiras pares e
cauda também provida de nadadeira. São marinhos, de vida livre, e fazem parte
do plâncton.
Nemertinos.
De corpo delicado, mole, muito elástico e coberto com
cílios, os nemertinos ou rincocélios são animais de vida livre, geralmente
marinhos, alguns de água doce e terrestres.
Asquelmintos.
Os asquelmintos são animais enterozoários, de corpo
geralmente cilíndrico, revestido por uma camada quitinosa. São diminutos, têm
trato digestivo completo e corpo em geral delicado.
Acantocéfalos.
De corpo chato e áspero, os acantocéfalos possuem na
extremidade posterior um probóscide retrátil que contém espinhos recurvados.
Quando larvas, são parasitos de artrópodes; quando adultos, de vertebrados.
Sipunculídeos.
Animais marinhos, de sexos separados, os sipunculídeos
têm corpo em forma de abóbora alongada, altamente contrátil, extremidade
anterior delgada e retrátil, e são providos de tentáculos curtos e ocos ao
redor da boca.
Equiurídeos.
Até o século XIX classificados no filo dos
sipunculídeos, os equiurídeos têm corpo em forma de salsicha e extremidade
anterior com probóscide elástica em forma de gamela que conduz à boca. São
animais marinhos e dióicos.
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